Está impossível ouvir qualquer notícia que não mencione milhões de desempregados. Você, que está lendo este post, está desempregado, seu emprego está sob risco ou conhece alguém que ficou desempregado?
Amigos em campanhas eleitorais deste ano relatam terem constatado em suas visitas até mesmo famílias inteiras sem emprego, a maioria nos bairros e entorno de suas cidades.
Aceitando que teremos um próximo ano ainda difícil, econômica e politicamente falando, conviver, atender e apoiar estas famílias será um grande desafio aos novos prefeitos, vez que se trata de pessoas que jamais necessitaram qualquer atenção direta da Prefeitura, mas que agora se encontram sem alternativa, pois os empregos em suas cidades e para suas qualificações não parecem perto de voltar.
O que fazer, então? Primeiramente, sugiro organizar os dados desse contingente em sistema utilizado pela Administração para conter o histórico do cidadão, seus empregos, habilidades, competências e recomendações para encaminhar análises e decisões para projetos que possam minorar seus momentos difíceis. Sem este ordenamento e disponibilidade instantânea dos dados, a Administração terá mais dificuldade em agir com justiça em relação às prioridades, o que somente é possível com software específico.
Imediatamente promover encontros e entrevistas com estas pessoas para conhecer sua disposição, atitudes, sentimentos e “jeito de pensar” para o futuro. Pessoalmente, informo aos leitores que gosto muito da proposta da Oficina de Produção, conceito baseado nas estruturas das Incubadoras de empresas mas que busca converter as experiências em fábricas individuais nas residências de empreendedores populares, projeto que concebi no passado e que se presta ao atendimento dessa necessidade e pode compor o enfrentamento do desafio de prover recursos a essa nova faixa de cidadãos em situação de pouca ou nenhuma renda.
Para facilitar o entendimento, imagine comigo um ambiente com apenas 10 espaços individuais para atividades diversas (fazer chinelos, fazer bolos, fazer doces, fazer pães e biscoitos, fazer cintos, fazer bolsas, fazer bonés, fazer licores …. ) conforme as habilidades das pessoas e interesses do município, disponível cada espaço por até 4 horas três vezes na semana para um mesmo empreendedor, a conta nos leva a 60 famílias produzindo em apenas uma semana. Quanto mais espaços, mais pessoas, mais produção, mais renda.
A leitores interessados no assunto coloco-me disponível via qualquer dos meios de contato divulgados no site.